quarta-feira, 4 de setembro de 2013


O cara nasceu no Brasil,
Se criou em Portugal
Achava bonito dizer que nasceu no Brasil 
Em Portugal
Achava bonito dizer que morou em Portugal
No Brasil.


No fim das contas


Morreu rico, muito rico
De fato um homem rico
Comprou tudo o que o dinheiro podia
Pagou tudo para quem devia
Teve inúmeras propriedades
Quase uma por idade
Um casca grossa, experiente
Talvez um auto-suficiente
Suas palavras favoritas eram juntar e guardar
Me pergunto se teve tempo de amar
Por dentro órgãos jurídicos
Amigo de muitos políticos
O que não lhe faltava era gado
Estômago forte como seu fígado
De saúde não estava muito bem
Tinha um médico também
Particular para seu lar
Infelizmente seu coração estava enfraquecido
Seus desejos reais esquecidos
Os médicos abriram seu corpo
Procuraram o problema
Reviraram as tripas
Toda via toda vida
Não acharam nada
Não tinha nada no fim das contas.

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Ensaio sobre corrupção e cidadania.


Malandro é malandro e mané é mané


Nos tempos do "descobrimento do Brasil", milhares de caravelas portuguesas desembarcaram na terra adorada, trazendo portugueses colonos acostumados a extraírem e explorarem o máximo de recursos das terras colonizadas. Com o passar da história nos encontramos em um momento em que culturalmente e socialmente o povo tem o hábito de se aproveitar de situações para beneficiar-se (o conhecido jeitinho brasileiro). Um hábito que expõe claramente a falta de compromisso do indivíduo com a sociedade, gerando um desconforto de todos os envolvidos, seja na política ou mesmo dentro de casa. Em um regime democrático em que direitos e deveres são essenciais, o cidadão popular lembra-se mais dos direitos que possui, passa por cima da cidadania e esquece os direitos do próximo. Na vida pública (política) tornam-se evidentes casos de corrupções já que são serviços públicos com verba pública e que envolvem a população. O povo se acostumou a se revoltar com casos que envolvem um todo, mas esquece de mudar pequenas atitudes cotidianas que fariam toda a diferença.

sexta-feira, 23 de agosto de 2013


Criado

A criatura criada para criar 
Cria, borda e pinta
Sinta que já não é mais um feto
E sim um feito
Feita para amar, criar, realizar 
Próxima do altar já está maduro para amar
Com sua amada poderá criar
Criar um mundo seu e dela
Onde fará de tudo para garantir
Que sua criatura se crie 
Num berço onde tudo vai se realizar.


Só se eu for cego


Pra não ver a corrupção 
Entrando em erupção
Na frente do cidadão 
Sem coração

Que se cala se ninguem fala
Recebe a grana numa sala 
E bota tudo numa mala
Mala é ele que nem se abala

Enquanto isso lá em casa eu ralo
Mas do que adianta se eu só falo
Pelo menos assim eu não me calo

Até quando vai ser assim 
Não quero mais isso para mim
O que será de nós enfim.

sábado, 17 de agosto de 2013


Clichê 

No cheiro da conquista
No vento uma quimica mista 
No sorriso um pecado a vista

No olhar simples estonteante
No passo passa a ser insinuante
No jogar do cabelo brilhante

No desenrolar do movimento
No calor do momento
No aumentar do sentimento

Faça o que tiver a fazer 
Não importa o simples viver 
Mas uma hora vou ter que te dizer
Eu te amo




Fim do conto de fadas


Rapunzel foi para o céu
Cinderela deixou de ser bela
Minha bela virou fera
A neve da branca foi derretida

Uma loucura foi cometida
Nos meus sonhos uma faca foi metida
Não coloque defeito em algo que já foi feito
Porque se coloca é sinal que tem defeitos sobrando

Me deixem voar
Mas também deixo você me despertar
Mas se me acordar
Que tenha um bom motivo
Que um amor esteja sendo vivido.